quinta-feira, 31 de julho de 2025

PSM de Ananindeua: hospital de fachada ou vitrine eleitoral?



O Pronto Socorro Municipal de Ananindeua (PSM) foi lançado com alarde pela gestão do Dr. Daniel (PSB) em abril de 2024. Um ano após a inauguração, a realidade é bem diferente do que foi prometido. Para muitos moradores, o PSM se tornou um hospital de fachada: bonito por fora, vazio por dentro.

O prédio tem sido constantemente denunciado por aparentar funcionar apenas parcialmente ou mesmo estar completamente inativo. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o local com movimentação mínima, quase parado, enquanto a população enfrenta abandono em UPAs e UBSs, onde faltam médicos, estrutura e atendimento.

Em abril de 2025, a morte de uma criança de um ano, após atendimento em uma UPA, escancarou a precariedade do sistema de saúde em Ananindeua. A indignação da população aumentou com a constatação de que, mesmo com um hospital “novo”, o cenário continua o mesmo.

Segundo denúncias veiculadas na imprensa, o corpo clínico do PSM seria insuficiente, e os equipamentos não atenderiam às promessas divulgadas pela prefeitura. Moradores relatam que o hospital foi inaugurado às pressas, com fins mais políticos do que assistenciais.

“O PSM existe só na propaganda. O povo continua morrendo sem atendimento, enquanto o prefeito posa nas redes como se tivesse feito um grande feito”, comentou um morador da Cidade Nova que precisou de atendimento e teve de buscar socorro em Belém.

A desconfiança cresce com a percepção de que o hospital está sendo usado como vitrine eleitoral. A aposta do prefeito seria transformar o PSM em plataforma de promoção pessoal, mirando as eleições de 2026.

Recentemente, Dr. Daniel foi às redes sociais gravar um vídeo dentro do hospital, onde aparece conversando com pacientes. A questão é que, mesmo nas imagens divulgadas pelo próprio prefeito, é possível ver uma unidade com poucos pacientes e espaços vazios. Uma realidade que parece destoar das UBSs e UPAs de Ananindeua, que estão sempre lotadas.

Enquanto investe milhões em uma unidade que não funciona plenamente, Dr. Daniel encerrou o convênio com o Hospital Anita Gerosa, que atendia gestantes pelo SUS e, também, rompeu parcerias com clínicas de hemodiálise que prestavam serviços à população renal crônica do município.

As filas nas unidades de saúde continuam longas. O atendimento segue precário. E a população procura respostas. O PSM foi construído para salvar vidas ou para salvar a imagem de Dr. Daniel e alimentar sua ambição política?





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